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quinta-feira, 24 de março de 2022

 MARIA, a mulher escolhida por Deus

Por Anna Regina Jordão

Ao iniciarmos o mês de Março, mês dedicado às mulheres, nada mais apropriado do que destacarmos aquela que foi escolhida por Deus dentre todas as mulheres, Maria. Isso não é pouca coisa... dentre infinidades de mulheres... ser a escolhida!!! Maria não era de uma família tradicional e famosa..., não era rica, nem sua família tinha poder e autoridade..., não destacava-se em nada, nem seus antecedentes diferenciavam-se dos demais moradores da simples e modesta cidade de Nazaré. Era apenas uma adolescente virgem e piedosa, prometida em casamento para José, mas foi escolhida por Deus para ser o sacrário vivo de seu Filho Jesus, porque os critérios de Deus não são como os nossos e Deus é livre para fazer suas escolhas. Quem somos nós para menosprezarmos as escolhas de Deus? Devemos sim, lembrar que o sangue precioso de Jesus, é sangue de Maria, pois dela e do poder do Espírito Santo, “a Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). Deus desceu à Terra para nos mostrar o caminho de retorno à casa do Pai.

Na Bíblia vamos encontrar citações sobre Maria e sua vida, principalmente, no Evangelho de Lucas; não há um livro sobre ela, como o livro de Judite ou de Ester, não há capítulos inteiros sobre suas atitudes como com Sara, Tamar, Rebeca ou Débora, mas ela está por trás de todos os momentos da vida de Jesus. Estava noiva de José, porém, ao ouvir a proposta de Deus através do anjo Gabriel, aceitou a vontade do Pai e colocou-se à disposição do projeto do Reino. Numa cultura que apedrejava a mulher adúltera até a morte, Maria, corajosamente, assume a gravidez de Jesus e à simples sugestão da necessidade de auxílio à prima Isabel, Maria não avalia condições e dificuldades, parte para ajudá-la. Os dois fatos são exemplos da disposição de Maria de participar ativamente do projeto de Deus e não simplesmente ser uma mera espectadora. 

Mais tarde, alertada por Simeão sobre as dores que iria sofrer, Maria não se atemoriza, permanece calma e serena, confiante em Deus Pai “guarda tudo em seu coração” (Lc 2,31); ensina a Seu Filho as Escrituras Sagradas, educa-o no amor e solidariedade com todos e antecipa o inicio de sua vida pública levando-o a realizar seu primeiro milagre em Caná da Galiléia, quando sugere aos empregados da festa: “Fazei tudo o Ele vos disser” (Jo 2, 5). Em todo percurso da vida pública de Jesus, lá estava Maria, com as outras mulheres, aprendendo com Seu Filho e fortificando-se em sua fé. Depois de todo sofrimento no percurso do calvário, ainda está ela aos pés da cruz – embora muitos dos discípulos já tivessem sumido. Só com a força de Deus Pai e o poder do Espírito Santo pode uma mãe acompanhar, serenamente, toda a maldade e injustiça que praticavam com seu Filho e, dignamente, manter-se de pé e em paz! Quem de nós suportaria esse suplício?!... Por muito, muito menos, sucumbimos, desesperamos... 

Após a morte e ressurreição de Jesus, Maria permanece junto aos apóstolos em oração contínua e com eles celebra Pentecostes. As aparições de Maria, em Lourdes, em Fátima, em Medjugorie, na imagem negra encontrada pelos pescadores brasileiros, provam que sua missão não terminou. Dos céus vela ainda por nós, acompanha nossas vidas e intercede a Seu Filho Jesus pelos pecadores desta Terra.  Ave-Maria, cheia de graça. Bendita és tu entre as mulheres. Ajuda-nos, Mãe querida, a sermos imitadoras de seu exemplo. Amém.

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